05 de fevereiro de 1992, Londrina, Paraná, Brasil, Vila Yara, Zona Leste da cidade, era fundado o Grêmio Recreativo Torcida Organizada Falange Azul, pelos amigos Marcelo Aparecido Fuentes, Ronaldo Cezar, Rogério Batista e Ivoncley Sepe.
Quis o destino, presentear a nova torcida, fazendo do Londrina Esporte Clube campeão Paranaense de 1992, vice campeão Paranaense em 1993 e 1994. Campeão da Taça Cidade de Curitiba de 1994. E assim foram os primeiros anos da nova torcida, sempre lado a lado de um Londrina guerreiro e vencedor.
Nos anos seguintes o Londrina Esporte Clube deixou de repetir as boas campanhas do início da década, más administrações do comando alviceleste, venda de patrimônio do clube, penhoras, brigas na justiça, resultando em péssimas apresentações dentro de campo, o que ocasionou um grande desinteresse por parte de inúmeros torcedores. Neste momento a torcida vivia dias difíceis, pois contava com pouquíssimos integrantes. A postura como torcida aos poucos voltava a ser de um grupo de amigos.
Neste meio tempo, mas precisamente em 1995 uma nova torcida foi fundada em Londrina, era a Mancha Azul, formada por jovens torcedores, alguns que deixaram a maior e mais antiga torcida do Londrina, a Sangue Azul, por não concordar com a postura e forma como era conduzido aquela torcida. Jovens de uma nova torcida que mais tarde teria um papel fundamental para os rumos da Falange Azul.
Em 1997 o Londrina ia de mal a pior e isso refletia diretamente nas arquibancadas e nas torcidas, por essa razão foi proposto uma união das três torcidas organizadas do Londrina, a Falange Azul, Sangue Azul e Mancha Azul. Era melhor ter apenas uma torcida forte e unida do que três em péssimas condições e dificuldades, era o que pensava as diretorias da Falange e Mancha. Uma reunião foi marcada para definir o futuro das três organizadas. No final, Falange e Mancha estavam unidas e a Sangue, pelo conflito de ideias e ideais, seguia sua vida por conta própria, o que acabaria anos mais tarde acarretando sua própria extinção.
O nome e a logomarca da Falange Azul foram mantidos com a união. Pois era uma torcida mais antiga, com bons contatos e uma história. Além do que, já existia no país outra torcida chamada Mancha Azul, sem contar os inúmeros derivados de Mancha. A nova diretoria aclamada era a mescla de ambas as diretorias, tendo como presidente o Fernando Cesar Pereira (até então presidente da Mancha) e vice-presidente o Marcelo A. Fuentes (até então presidente da Falange).
Mesmo com os altos e baixos do LEC, a atual e renovada diretoria passou a trabalhar forte e se empenhar ao máximo em benefício da torcida, desenvolvendo assim uma mentalidade cada vez maior a respeito de torcida organizada. Fazia-se necessário ter uma sede própria, onde pudesse reunir os associados, cuidar das questões administrativas, guardar os materiais da torcida e promover eventos. E foi num acordo com a então diretoria do LEC que este sonho nasceu e não poderia ser em lugar melhor, duas salas localizadas abaixo das arquibancadas descoberta do VGD era a nova casa da Falange Azul.
Neste período, a torcida foi conquistando inúmeros novos adeptos, confeccionando e adquirindo novos materiais para estádio, materiais para os sócios e organizando eventos. Foram adotadas todas as quartas-feiras (atualmente as quintas-feiras), como um dia para reunir os associados para uma confraternização, onde a integração, lazer e muita diversão é a ordem. Sem sombra de dúvidas, foi principalmente dessas confraternizações, que a torcida foi cada vez mais fortalecendo sua base e estrutura.
A atuação nas arquibancadas sempre foi indiscutível. Sempre presente, seja em casa ou fora, mesmo que várias vezes em pequeno número, porém gigante no apoio ao Tubarão. E isso ficou muito mais evidente em 1998, na tristeza do rebaixamento para a segunda divisão do campeonato estadual e na alegria e frustração de ter realizado uma boa campanha pela série B do brasileiro, ficando a uma mísera vitória de chegar à elite do futebol nacional. E em 1999, quando o LEC voltou para a elite do futebol paranaense, contou com total apoio da Falange Azul, na qual se fez presente em todos os jogos dentro e fora de casa.
Ainda em 1999, foi lançado o primeiro website da torcida, sendo a Falanage uma das pioneiras neste sentido. Era a Torcida Falange Azul na grande rede conquistando o mundo.
Já no século XX, a Falange Azul já podia ser considerada uma das torcidas mais atuantes e a uma das maiores do interior do sul do Brasil. Os materiais confeccionados pela torcida são superiores quando comparada a de outras grandes torcidas do país, pois a qualidade sempre foi o grande ideal da torcida, que também tem uma grande finalidade de integração social, é uma família acima de tudo.
Em 2000 foi realizada a primeira festa de aniversário da torcida (8 anos), dois anos mais tarde, em 2002 outra muito maior foi organizada, a festa de 10 anos. Em ambos os eventos a torcida contou com a presença de várias outras torcidas do país. Mostrando o respeito e amizade conquistada em todos estes anos.
Neste período foi projetado um novo bandeirão para o VGD, com 40 metros de comprimento por 20 metros de largura.
Em 2003 de casa nova. A antiga sede já não comportava mais a torcida, mas antes, em 2002 a diretoria da Falange já planejava a mudança, mas era preciso encontrar um novo local. Além disso, o Londrina Esporte Clube estudava a possibilidade de utilizar o espaço da antiga sede para a construção de alojamentos interno.
Um acordo foi celebrado entre Falange Azul e LEC que cedeu um terreno, anexo ao VGD, que estava completamente abandonado, servindo como depósito de entulhos e mocó.
Com recursos e mão de obra própria, ao longo de 2002, a futura nova sede foi sendo construída no espaço de aproximadamente 400m².
Em 2003, com a sede quase pronta, a mudança para a nova casa foi realizada. Agora a torcida possui uma estrutura física muito maior que conta com várias salas para patrimônio, reunião e secretaria, além de bar, banheiros masculino e feminino, depósito e uma ampla área livre.
2004 é um ano que o torcedor do Londrina, se pudesse, gostaria de esquecer. O clube após quase 20 anos disputando o Campeonato Brasileiro da Série B acabaria rebaixado.
Mas a Falange Azul em nenhum momento abandonou o clube, mesmo com toda a sacanagem que acontecia nos bastidores, com presidente renunciando ao vivo através de rádio, a torcida estava lá cumprindo o seu papel nas arquibancadas, seguindo o clube sempre que a distância permitia, apoiando aqueles que honrosamente ainda lutavam para evitar o pior.
Apesar do duro golpe e ainda baqueada com o rebaixamento no ano anterior, a torcida buscou se fortalecer em 2005. Uma nova diretoria, do clube, estava composta. Era hora de muito trabalho e apoio ao clube e ainda motivar todo o pessoal. E assim foi ao longo do ano. Uma enorme variedade de eventos foi organizado pela torcida, sempre objetivando a integração social e união. Em jogos, sempre presente em bom número e realizado bonitas festas no VGD. Neste ano a torcida esteve ao lado do clube em todos os jogos fora de casa.
A partir dai podemos dizer que a abalada estrutura do Londrina começava a ruir. Fora das divisões nacionais, inúmeros problemas internos e financeiros, dificuldades para montar bons elencos e captar patrocinadores resultavam em pífias campanhas em campo e isso tudo também abalava diretamente a estrutura da Falange Azul, que com muitas dificuldades tentava seguir a sua caminhada.
Em 2007 o Londrina teve uma sobre vida com a chegada de um novo gestor. Não conseguiu passar da primeira fase no campeonato estadual, mas se sagrou vice-campeão da Copa Paraná no segundo semestre. Em 2008 novamente foi mal no estadual, mas dessa vez conquistou o título da Copa Paraná, assegurando assim as vagas na Série D em 2009 e Copa do Brasil em 2010.
Apesar da torcida bastante enfraquecida continuava tentando apoiar o clube nas arquibancadas e tudo ficou ainda mais dificil com o rebaixamento no estadual em 2009 e a intervenção trabalhista que aconteceu no fim deste mesmo ano afastando assim toda cúpula diretiva do clube. O meses seguintes foram negros e a torcida neste momento ficava estagnada no tempo e os muitos problemas internos e financeiros engessavam toda estrutura.
O início de uma nova era. Mas antes, em 2010, com a intervenção judicial, o clube passou a ser gerido por um grupo de forasteiros, que prometeu novos rumos, mas que por muito pouco não levou o Londrina ainda mais fundo no poço.
Neste período uma espécie de Conselho Representantivo, liderado pelo advogado Carlos Scalassara, trabalhava para buscar uma solução para os muitos problemas do Londrina. Sabendo desse movimento, o vice-presidente Marcelo Benini e diretor Rafael Pio, foram em busca de informações. Visita ao Ministério Público, contatos diversos, até que por fim conseguiram incluir a Falange Azul neste conselho.
A partir daí a torcida passou a fazer parte da renovação do Londrina. Trabalhou na reformulçao do estatuto social do clube, inclusive conquistando duas cadeiras definitavas no Conselho Representativo, particiou da elaboração e aprovação do contrato de gestão com a SM Sports e atuando diretamente na nova diretoria do clube eleita no fim de 2010. Tendo o vice-presidente Marcelo Benini e o diretor Rafael Pio, como primeiro secretário e secretáio adjunto na mesa diretiva do conselho, além dos diretores Marcelo Fuentes e Guilherme Belarmino como integrantes direto deste conselho.
Em 2011 já com a gestão da SM Sports o Londrina conquistou o título da Divisão de Acesso. Em 2012 foi o quinto na classificação geral do estadual. E a torcida, sempre lá, apoiando na arquibancada e trabalhando na estrutura interna do clube.
Apesar de respirar outros ares a torcida continuava engessada, eram os mais diferentes problemas internos. E no meio de 2012 um grupo formado por diretores, ex-diretores e sócios deu inicio a um trabalho de recupeção, em especial, administrativa e financeira da torcida.
Dívidas foram pagas, reforma e readequação da sede social, reforma estatutária e diretiva, eventos, construção da loja, renovação da bateria e materiais, recastramento e etc. Isso tudo é apenas o começo dos trabalhos do grupo formado em 2012 que acabou assumindo a diretoria da Falange nas eleições do início de 2013, tendo como presidente Marcelo Benini e vice-presidente Marcelo Fuentes.
A história segue sendo escrita…